quinta-feira, 2 de abril de 2015

O destino era o “Eldorado”, a capital de São Paulo (1949)



Éramos crianças, três irmãos nascidos em Porto Ferreira – SP,  e daí a família resolve migrar para a capital de São Paulo. E lá vamos nós embarcando no trem da Cia. Paulista.
Não me perguntaram se eu queria mudar para a capital, enfim também se perguntassem eu não poderia responder. E vamos viajando até chegarmos à Estação da Luz. Em seguida embarcar no trem subúrbio Santos & Jundiaí, destino Vila Carioca, estação parada Vemag, atual Estação Tamanduateí.
Foram quatro anos se adaptando, moramos em vários endereços, tais como: Rua Campante; Rua Lício de Miranda em dois endereços; próximo da Rua Álvaro do Vale e próximo da Rua Aída; Rua Colorado; Rua Frei Pedro de Souza, sempre pagando aluguel, e finalmente em 1953 teríamos a nossa casa, Rua Albino de Morais, 114.
Vila Carioca, bairro em formação, muitos terrenos baldios. Dias antes de iniciarmos a construção de nossa casa, um Citroen de cor preta foi abandonado entre as ruas Albino de Moraes e Antônio Frederico, o individuo que furtou não conhecia a vila e deixou o veículo  atolado no brejo. Olha só isso foi no mês de setembro de 1953.
Boa parte dos terrenos do bairro da Vila Carioca era negociada pela empresa Comercial e Importadora F. Cuocco S. A., com sede na Rua Brigadeiro Tobias, 740 – Centro – SP.
O valor de um terreno com 50x10: 500 metros quadrados eram vendidos por Cr.$ 12.000,00 (doze mil cruzeiros), isso em 120 meses, pagando o selo proporcional no valor de Cr.$ 44,50, na época não tinha a correção monetária.
Madeira para construir casas não era problema, na época tinha uma empresa importadora de máquinas industriais, com sede na Rua do Grito, entre as ruas: Silva Bueno e do Manifesto, madeira essa que servia como “contêineres”, madeira de pinho.
De acordo com a demanda para construir novas casas de madeira, pessoas compravam e lá vinham os caminhões descarregando em plena rua, lembro que certa ocasião três contêineres foram  descarregados, enfim eu e os meus irmãos ainda criança desmontávamos peça por peça, usando martelo, pé-de-cabra e alavanca. Uma vez desmontada íamos amontoando de acordo com a medida de cada tábua, isto na calçada. 
Meu pai “Dito Carpinteiro” se uniu com o vizinho “Mané Barraqueiro”, e lá vamos nós construirmos casas de madeira.
Água não era problema, abria-se um poço com três metros de fundura, não lembro o tamanho da cisterna de cimento, sei que tínhamos água até a boca do poço, mas não era de boa qualidade, recordo que parentes do interior vinham nos visitar e diziam que a água era pesada, e com gosto meio salobra, de mau paladar.
Anos depois chega ao bairro água encanada, e vamos consultar um encanador para saber o custo do serviço, e de acordo com o valor apesentado meu pai achou caro, e achou melhor comprar ferramentas e fazer o serviço, e assim foi. Em razão disso meu pai acabou aprendendo a profissão de encanador.


NESTE LOCAL TINHAMOS O CAMPO DO PÁTRIA F. C. 




IGREJA DE SANTA EDWIRGES 




SABADO DIA DE FEIRA NA RUA ALBINO DE MORAIS

segunda-feira, 30 de março de 2015

 Depois de muitos anos sem visitar os parentes, neste sábado, 28 de março de 2015, eu e o amigo Getúlio de Porto Ferreira resolvemos ir ao Zoo da Água Funda - SP.
Dentro do ônibus a caminho do Zoo da Água Funda lembramo-nos deles e pensava no “Gugu”, isto porque na última visita ele fez algo que a gente não esquece. O “Gugu” simplesmente estava estressado com o barulho, digo alarido das criançadas, saiu do seu habitat (caverna de cimento armado), aproximou do muro, virou de costas para nós, evacuou nas próprias mãos e arremessou em nossa direção, por sorte não fomos atingidos, devido à distância.  
O Cocoreba estava dormindo. O Sapo só observando o vai e vem das pessoas, e ficava feliz da vida quando alguém jogava “PATACAS NÃO CONTABILIZADAS” na pequena fonte d’água.

A Anaconda (Sucuri) estava toda enrolada, só no sossego, dormindo. O Jacaré coroa perguntou do Sankaré, e ficou muito chateado em saber que foi exterminado sem dó e piedade na Eta, seu corpo sumiu.

Pois é, disse o Sankaré, isso são coisas de Otrop. De fato ninguém se esquece dos maus feitos, enfim tivemos vários casos, tais como: Merendão; Funasão; Saefão; Viajem ao espaço. Aquele caso que viajaram 186 mil quilômetros sem sair de Otrop. Quiseram até implantar um presídio numa reserva florestal. Felizmente não conseguiram. Um cidadão bateu de frente e barrou essa utopia infernal.